Parto normal hospitalar da Marina - Franca - SP
Bom meu parto foi mais ou menos assim:
"Estava na nossa lanchonete, quando por volta das 21h senti uma forte contração. Estava sentada e logo percebi que alguma coisa tinha acontecido. Fiquei meio preocupada pois meu parto estava previsto para o dia 29/04 e ainda era dia 1º . Após a dor passar me levantei e aí tive a certeza que meu filho estava por vir, escorreu uma água quentinha pelas minhas pernas. Por incrível que pareça, não me assustei, me levantei, andei até o carro e fui pra casa pra me certificar que era realmente a bolsa que tinha rompido. No quarteirão anterior a minha casa novamente uma forte contração. Parei o carro, esperei passar e terminei meu trajeto. Chegando em casa percebi que o tampão do meu útero estava saindo, corri para o banheiro e aí sim tive certeza que a hora tinha chego. Liguei para o meu marido e pedi que viesse embora logo (ele ainda estava trabalhando); ele estranhou o pedido e me perguntou o que estava acontecendo e quando eu disse que estava em trabalho de parto ele começou a rir, perguntando se era 1o. de Abril. Quando ele percebeu que eu falava sério veio pra casa em 5 minutos...
Nesse período, arrumei as minhas coisas, as do meu marido e da minha outra filha (ela iria passar o fim de semana na amiga). Quando o Fernando chegou estava tudo pronto e eu estava no banho. Passado o susto inicial, terminamos de nos arrumar e fomos para a maternidade, aqui em Franca.
Chegamos lá por volta de 23:00h e minhas contrações ainda estavam bem espaçadas, mais ou menos de 15 em 15 minutos. Passei pelo plantonista (essa parte foi um terror) e pedi que chamasse minha médica. Nas consultas anteriores eu e Fernando já tínhamos conversado com ela sobre a participação dele no parto. Ela concordou desde que o hospital concordasse também. Alguns dias antes eu tinha mandado um pedido ao hospital, baseado na lei que permite o pai na sala de parto. Não deu muito tempo do hospital responder mas com a obstetra já estava tudo acertado.
Fiz minha internação e fiquei no quarto junto com meu marido esperando por ela. A enfermeira veio me perguntando de lavagem intestinal e eu disse que primeiro conversaria com a médica mas que eu não queria que fosse feita. Enquanto isso, minhas contrações começaram a vir mais fortes e em menos tempo. A médica chegou por volta de meia noite e meia e assim que ela entrou no quarto minhas contrações aumentaram. Naquele momento estava com 3 cm de dilatação. Ela foi muito atenciosa, ficou comigo no quarto, conversando com o Fernando e em menos de 1 hora minha dilatação chegou aos 6 cm. Mais ou menos a 1h da manhã ela me transferiu para o pré parto e quando cheguei lá a dor ficou alucinante. Ela me perguntou sobre a peridural, se eu gostaria de receber, mas enquanto ela me explicava o procedimento minha dilatação chegou ao máximo. Meu marido estava ao meu lado, me dando todo apoio, me fazendo massagens e acho que isso colaborou para o trabalho de parto evoluir assim. As contrações começaram a ser quase que simultâneas e ela chamou meu marido para se trocar que a hora estava próxima. Deixou uma enfermeira comigo, que me pediu que passasse pra maca pra ir pra sala de parto, tentei levantar da primeira vez,não consegui. Da segunda ela me puxou e ao deitar na maca o Pedro nasceu, ali mesmo no corredor do hospital sem piques ou coisa assim.
Foi uma correria dali por diante. A médica chegou ainda se arrumando e terminou de tirar meu filho, meu marido chegou quando ele já estava de fora, mas não deixou de se emocionar ao ver aquele menininho ainda ligado a mim. Eram 2 da manhã do dia 2 de abril. Daí por diante as coisas aconteceram sem que eu tomasse muito conhecimento, afinal, estava cansada. Levaram o Pedro para o berçário para ser pesado e medido. Ele nasceu com 2650g e medindo 47 cm com 36 semanas de gestação. O pai ficou correndo pra lá e pra cá, não sabia se ficava vendo as enfermeiras e a pediatra arrumarem ele ou se ficava comigo. Logo as enfermeiras o trouxeram pra mamar e enfim pudemos ficar todos juntos. Levei alguns pontos, mas eram vasinhos que se arrebentaram com a passagem dele, ao todo foram 5 que logo caíram sem deixar marcas ou dor. Durante o período que permaneci no hospital ficamos os três no quarto e confesso que foram horas maravilhosas, mesmo sendo no hospital.
Minha recuperação foi excelente, sem nenhuma complicação e o melhor é que o vínculo entre o pai e o Pedro é super forte, parece que o Fernando de certa forma "pariu" ele também."
E é isso aí, graças a vocês pude ter o parto que sempre quis, quase sem intervenção nenhuma e com o pai presente. Sem dúvida nenhuma isso fortaleceu os laços entre os dois e entre nós também, afinal fomos cúmplices do início ao fim.
Um grande beijo e que Deus abençoe esse trabalho lindo que vocês fazem.
Marina
"Estava na nossa lanchonete, quando por volta das 21h senti uma forte contração. Estava sentada e logo percebi que alguma coisa tinha acontecido. Fiquei meio preocupada pois meu parto estava previsto para o dia 29/04 e ainda era dia 1º . Após a dor passar me levantei e aí tive a certeza que meu filho estava por vir, escorreu uma água quentinha pelas minhas pernas. Por incrível que pareça, não me assustei, me levantei, andei até o carro e fui pra casa pra me certificar que era realmente a bolsa que tinha rompido. No quarteirão anterior a minha casa novamente uma forte contração. Parei o carro, esperei passar e terminei meu trajeto. Chegando em casa percebi que o tampão do meu útero estava saindo, corri para o banheiro e aí sim tive certeza que a hora tinha chego. Liguei para o meu marido e pedi que viesse embora logo (ele ainda estava trabalhando); ele estranhou o pedido e me perguntou o que estava acontecendo e quando eu disse que estava em trabalho de parto ele começou a rir, perguntando se era 1o. de Abril. Quando ele percebeu que eu falava sério veio pra casa em 5 minutos...
Nesse período, arrumei as minhas coisas, as do meu marido e da minha outra filha (ela iria passar o fim de semana na amiga). Quando o Fernando chegou estava tudo pronto e eu estava no banho. Passado o susto inicial, terminamos de nos arrumar e fomos para a maternidade, aqui em Franca.
Chegamos lá por volta de 23:00h e minhas contrações ainda estavam bem espaçadas, mais ou menos de 15 em 15 minutos. Passei pelo plantonista (essa parte foi um terror) e pedi que chamasse minha médica. Nas consultas anteriores eu e Fernando já tínhamos conversado com ela sobre a participação dele no parto. Ela concordou desde que o hospital concordasse também. Alguns dias antes eu tinha mandado um pedido ao hospital, baseado na lei que permite o pai na sala de parto. Não deu muito tempo do hospital responder mas com a obstetra já estava tudo acertado.
Fiz minha internação e fiquei no quarto junto com meu marido esperando por ela. A enfermeira veio me perguntando de lavagem intestinal e eu disse que primeiro conversaria com a médica mas que eu não queria que fosse feita. Enquanto isso, minhas contrações começaram a vir mais fortes e em menos tempo. A médica chegou por volta de meia noite e meia e assim que ela entrou no quarto minhas contrações aumentaram. Naquele momento estava com 3 cm de dilatação. Ela foi muito atenciosa, ficou comigo no quarto, conversando com o Fernando e em menos de 1 hora minha dilatação chegou aos 6 cm. Mais ou menos a 1h da manhã ela me transferiu para o pré parto e quando cheguei lá a dor ficou alucinante. Ela me perguntou sobre a peridural, se eu gostaria de receber, mas enquanto ela me explicava o procedimento minha dilatação chegou ao máximo. Meu marido estava ao meu lado, me dando todo apoio, me fazendo massagens e acho que isso colaborou para o trabalho de parto evoluir assim. As contrações começaram a ser quase que simultâneas e ela chamou meu marido para se trocar que a hora estava próxima. Deixou uma enfermeira comigo, que me pediu que passasse pra maca pra ir pra sala de parto, tentei levantar da primeira vez,não consegui. Da segunda ela me puxou e ao deitar na maca o Pedro nasceu, ali mesmo no corredor do hospital sem piques ou coisa assim.
Foi uma correria dali por diante. A médica chegou ainda se arrumando e terminou de tirar meu filho, meu marido chegou quando ele já estava de fora, mas não deixou de se emocionar ao ver aquele menininho ainda ligado a mim. Eram 2 da manhã do dia 2 de abril. Daí por diante as coisas aconteceram sem que eu tomasse muito conhecimento, afinal, estava cansada. Levaram o Pedro para o berçário para ser pesado e medido. Ele nasceu com 2650g e medindo 47 cm com 36 semanas de gestação. O pai ficou correndo pra lá e pra cá, não sabia se ficava vendo as enfermeiras e a pediatra arrumarem ele ou se ficava comigo. Logo as enfermeiras o trouxeram pra mamar e enfim pudemos ficar todos juntos. Levei alguns pontos, mas eram vasinhos que se arrebentaram com a passagem dele, ao todo foram 5 que logo caíram sem deixar marcas ou dor. Durante o período que permaneci no hospital ficamos os três no quarto e confesso que foram horas maravilhosas, mesmo sendo no hospital.
Minha recuperação foi excelente, sem nenhuma complicação e o melhor é que o vínculo entre o pai e o Pedro é super forte, parece que o Fernando de certa forma "pariu" ele também."
E é isso aí, graças a vocês pude ter o parto que sempre quis, quase sem intervenção nenhuma e com o pai presente. Sem dúvida nenhuma isso fortaleceu os laços entre os dois e entre nós também, afinal fomos cúmplices do início ao fim.
Um grande beijo e que Deus abençoe esse trabalho lindo que vocês fazem.
Marina