Postado em 11 De Setembro De 2012
Uma iniciativa pioneira do governo federal pode mudar os rumos de atenção dados atualmente ao parto e nascimento no país. Os ministérios da Saúde e da Educação estão lançando, por meio de um edital, um programa que vai estimular as instituições federais de ensino superior a formar enfermeiros obstétricos para atuar especificamente nos partos e na assistência à saúde materno e infantil nos hospitais do Sistema Único de Saúde. Trata-se do Programa Nacional de Residência em Enfermagem Obstetrícia o Pronaenf cujas inscrições estarão abertas entre os dias 17 a 23 deste mês para as universidades federais, estaduais e municipais que queiram participar da ação. O edital divulga informações sobre a seleção de Programas de Residência em Enfermagem Obstétrica. O programa é uma ação que contribui com a Rede Cegonha, qualificando os enfermeiros para prestar um serviço humanizado e de qualidade para a criança e para mulher, afirma o secretário de gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, Mozart Sales. O edital, que foi publicado na última quinta-feira (6), traz os critérios de participação do processo de seleção pelas instituições de ensino. O programa quer capacitar enfermeiros obstetras para serem inseridos no Sistema Único de Saúde, sobretudo, nas regiões que aderiram à estratégia Rede Cegonha. Os profissionais estarão aptos a atuar desde o pré-natal e parto até o nascimento e pós-parto dentro do preconizado pela Rede Cegonha. A estratégia visa intensificar a assistência integral à saúde das mulheres e crianças, desde o planejamento reprodutivo – passando pela confirmação da gravidez, parto, puerpério, até o segundo ano de vida do filho. Na primeira fase do Pronaenf, as instituições interessadas em participar devem enviar seus projetos de residência no período de 17 a 23 de setembro, pelo endereço eletrônico http://cnrms.mec.gov.br. As instituições precisam estar localizadas em estados e municípios (e também no Distrito Federal) que aderiram à Rede Cegonha. Os programas de residências aprovados serão financiados pelo Ministério da Educação (MEC), em Instituições Federais de Ensino, e pelo Ministério da Saúde (MS), nas demais. O resultado final será publicado no dia 1º de outubro, no Diário Oficial da União (DOU). Posteriormente, cada instituição abrirá seleção para os profissionais interessados em participar da residência. Os enfermeiros participantes receberão uma bolsa no valor de R$ 2.384,82 durante os dois anos da residência. Rede Cegonha A estratégia Rede Cegonha prevê os Centros de Parto Normal, que são unidades que funcionam em conjunto com as maternidades para humanizar o parto e nascimento, e contam com a inserção dos enfermeiros obstétricos na assistência ao parto de risco habitual. Por conta deste novo modelo é importante aumentar a quantidade desses profissionais disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). As ações previstas na estratégia Rede Cegonha visam qualificar, até 2014, toda a rede de assistência, ampliando e melhorando as condições para que as gestantes possam dar à luz e cuidar de seus bebês de forma segura e humanizada. Temos que construir um ambiente acolhedor para que a mulher se sinta mais segura nesse momento e, para isso, é necessário a qualificação do espaço físico e a mudança das práticas, enfatiza a coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde, Esther Vilela. Fonte: Portal do Planalto Trabalho de parto durou quase nove horas e criança nasceu saudável.
Projeto do Isea incentiva parto humanizado com presença da família. 04/09/2012 11h02 - Atualizado em 04/09/2012 13h31 Pela primeira vez uma maternidade pública da cidade de Campina Grande, Agreste paraibano, realizou um parto dentro da água. O procedimento aconteceu na noite do domingo (2) no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) com o nascimento de Aureliano Rodrigues. O procedimento faz parte de um projeto de parto humanizado da maternidade. O trabalho de parto humanizado com a presença da família existe desde 2007 na maternidade e faz partos com métodos que diminuem a dor durante as contrações, que podem ser sentado ou de cócoras. Porém, esta foi a primeira vez que uma gestante aceitou dar à luz na água. A agente de saúde Daiane Kelly foi a pioneira. Grávida do primeiro filho, ela passou quase nove horas em trabalho de parto e acredita que o procedimento diminuiu o sofrimento que de costume ataca as mulheres no momento de dar à luz. "Quando começaram as contrações as médicas falaram que iriam diminuir as dores e eu acreditei e realmente elas diminuíram", disse. O marido dela, Eliab Rodrigues, ficou o tempo todo ao lado da mulher. "Nunca pensei em fazer parte desse acontecimento, mas as meninas me tranquilizaram e eu até cortei o cordão umbilical. É uma coisa incrível", relatou emocionado. O projeto da maternidade propõe um parto com menos interferência da medicina. Uma das vantagens é que esse tipo de parto pode diminuir as dores na mulher na hora de dar à luz e também no período pós-parto. No Brasil, por causa do medo da dor, quase 50% das mães preferem o parto cesariano, segundo o Ministério da Saúde. A médica responsavel pelo trabalho acredita que o medo das mães dificulta a escolha por esse tipo de parto, mas na verdade ele é cheio de benefícios. "É totalmente seguro. Só não pode fazer este parto se existir alguma condição que leve ao sofrimento fetal, porque se o bebe estiver sofrendo dentro da barriga, ele pode respirar e ingerir líquido. Mas o bebê saudável não vai se afogar, ele vai nascer e é um nascimento lindo", argumentou a obstetra Melânia Amaral. Fonte da notícia: http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2012/09/parto-dentro-dagua-e-realizado-pela-1-vez-em-hospital-publico-da-pb.html |
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